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LiteraLivre nº 9 – Maio/Jun de 2018
-Sim, não vale a pena questionar os motivos porque o Criador tenha
escolhido a espécie humana para sobressair entre as outras e dominá-las. O ente
“supremo” da escala evolutiva sempre estagia pela fase de se considerar
referência para todas os demais, até que, imbuído de humildade, reconhece a
necessidade de conviver pacificamente com eles.
-Pois é, Deus fez o roteiro do filme e ele se cumpre inexoravelmente.
-Engraçado. Desde sempre era-nos possível saber que há vida inteligente
em outros planetas sem ter que sair da Terra e visitar esses locais.
-Sim, a partir do momento em que o homem sistematizou a comunicação
mediúnica, espíritos de outros orbes nos tem relatado essas existências. Só em
nosso sistema solar conhecemos detalhes da organização social em Marte,
Saturno e Júpiter. Fora dele é notória a informação de habitantes em Capela, da
qual provieram seres que ajudaram a civilizar nosso planeta.
-De qualquer forma a Ciência precisa de provas materiais. Daí os voos
interplanetários, sondas e satélites artificiais e todo o repertório de suposições
elencado pela ficção científica que ajuda a formular hipóteses.
-Será que Pierre Boulle pressentia essas questões ? Ou, por outro lado,
teria tido a missão de escrever esse trabalho para nos legar essas ideias,
despertando-nos para esses aspectos tão importantes a uma convivência
harmoniosa entre as espécies?
-No livro não há menção da ocorrência de uma catástrofe nuclear como no
filme. E, apesar de finais distintos, ambos dão-nos a impressão de que o ser
humano falhou em “administrar” o seu reino.
-Hoje sabemos da imortalidade do espírito, mas a possibilidade de destruir
o planeta é real.
-Que tal elucidarmos com o próprio autor?
-Sim. Quem sabe vive hoje conosco nesta colônia espiritual ?
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