Revista LiteraLivre Revista LiteraLivre 9ª edição | Page 114

LiteraLivre nº 9 – Maio/Jun de 2018 -Sim, não vale a pena questionar os motivos porque o Criador tenha escolhido a espécie humana para sobressair entre as outras e dominá-las. O ente “supremo” da escala evolutiva sempre estagia pela fase de se considerar referência para todas os demais, até que, imbuído de humildade, reconhece a necessidade de conviver pacificamente com eles. -Pois é, Deus fez o roteiro do filme e ele se cumpre inexoravelmente. -Engraçado. Desde sempre era-nos possível saber que há vida inteligente em outros planetas sem ter que sair da Terra e visitar esses locais. -Sim, a partir do momento em que o homem sistematizou a comunicação mediúnica, espíritos de outros orbes nos tem relatado essas existências. Só em nosso sistema solar conhecemos detalhes da organização social em Marte, Saturno e Júpiter. Fora dele é notória a informação de habitantes em Capela, da qual provieram seres que ajudaram a civilizar nosso planeta. -De qualquer forma a Ciência precisa de provas materiais. Daí os voos interplanetários, sondas e satélites artificiais e todo o repertório de suposições elencado pela ficção científica que ajuda a formular hipóteses. -Será que Pierre Boulle pressentia essas questões ? Ou, por outro lado, teria tido a missão de escrever esse trabalho para nos legar essas ideias, despertando-nos para esses aspectos tão importantes a uma convivência harmoniosa entre as espécies? -No livro não há menção da ocorrência de uma catástrofe nuclear como no filme. E, apesar de finais distintos, ambos dão-nos a impressão de que o ser humano falhou em “administrar” o seu reino. -Hoje sabemos da imortalidade do espírito, mas a possibilidade de destruir o planeta é real. -Que tal elucidarmos com o próprio autor? -Sim. Quem sabe vive hoje conosco nesta colônia espiritual ? 109