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LiteraLivre nº 6 – novembro de 2017
Delírios
Marluce Persil
Alma embalsamada em rancores a fuga de uma jaula enferrujada,
ciência que não decifra as piores dores cheia de moribundos.
filosofias a pairarem enraízam-se Há sempre uma viúva que acabará de
pontos tentando se ligar enterrar o marido
conexões que aproximam e impregnada em tuas vestes com o
e fazem distanciar cheiro do mistério
e a certeza onde esta? da à luz um poeta.
Certeza Ah...
delírios que tentamos explicar O poeta é filho do choro!
em cada pouco do povo um tanto de camaleão que tanto muda que às
louco vezes esquece que já mudou.
passagem do subconsciente Poesias sãos células
para labirintos. Concretização do abstrato que somos
A cada qual uma estrada das cores que criamos para clarear o
e o nome na lápide é sempre a última que acreditamos
parada Porque sempre vagamos
descanso da tormentosa corrida de e as linhas que os poetas preenchem
atletas são somente poemas que somos.
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