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LiteraLivre nº 6 – novembro de 2017
Quando o amor fala sem dizer nada
Nilde Serejo
São Luís/MA
Ah! lembro bem da aurora
Dias felizes á beira mar
Olhares fixos além do Horizonte
Lembranças de um tempo distante
Sobrevivendo às duras crises de amnésia
Um nada por um instante
Perdido e sozinho começo a chorar
No peito a dor e a amarga sensação de solidão
Corro, fujo de tudo, fujo de mim
Da minha sombra, das tristes lembranças
Que voltam a me atormentar
Sangra na alma a dor do abandono
Meus pés, já não os sinto caminhar
Uma cratera vai se formando
No chão dos meus pensamentos
Arrastando os bons momentos
Que aos poucos vão se perdendo ao luar
Me perdoe!
Já não lembro seu nome, sua face
Tudo que dizes é estranho
Mas ainda sinto que te chamo
Nas tardes de verão
E naufragado na escuridão
Me dá alento
Ter você aqui ao meu lado
Chora em silêncio meu coração.
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