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LiteraLivre nº 6 – novembro de 2017
Ofélia
Caroline Fortunato
São Paulo-SP
Ofélia era uma jovem muito romântica.
Contava 15 anos e adorava histórias
de romance. Estava sempre lendo um
livro, assistindo a um filme ou série do
gênero. Músicas, então, nem se fala!
Era um sonho bonito, mas com muita
sobrecarga da idealização. Aguardava
ansiosamente
pelo
dia
em
que
se
casaria com o homem que a fosse fazer
muito feliz, que lhe daria filhos etc.
Tivera uma paixão certa vez não correspondida.
Sofrera deveras, com a certeza de que jamais seria feliz novamente – pois se
quem ela tinha certeza de que era “o cara” não havia vingado, então seu
destino já estava definido e claro.
Mas isso fazia algum tempo. Incrivelmente ela se recuperou, criou interesses
em outras pessoas e agora, curiosamente, aquele rapaz já não tinha nenhum
encanto. Ela tentava procurar o que vira nele, mas definitivamente não
encontrava. O cara parecia bem babaca aos seus olhos atuais.
Ofélia era de uma família rica, sempre tivera proteções sociais – em muitas
áreas. Em um mundo fechado, não possuía muito contato com a realidade, e
talvez por isso fosse tão inocente. Ela era muito corajosa na expressão de seus
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