Revista LiteraLivre Revista LiteraLivre 4ª edição | Page 9

LiteraLivre nº 4 Asimov” (também autor de “Eu, Robô”) , dirigido por “Chris Columbus” e estrelado pelo saudoso “Robin Willians”(falecido em 2014), O Homem Bicentenário é um filme instigante e filosófico, mas, ao mesmo tempo, simples de acompanhar e carregado de emoção e sutileza. amor improvável que resiste ao tempo; tudo tratado de forma delicada e humilde, visto através da inocência e da pureza de Andrew; um robô com “alma” capaz de nos dar grandes lições de vida. Um filme que supera as expectativas, prendendo o expectador por seu enredo dramático e inteligente e sua abordagem corajosa e provavelmente realista sobre a evolução da robótica, o futuro e como tudo isso afetará a organização e as regras humanas. Conforme a capacidade de aprender e sentir do personagem Andrew aumenta, passamos a questionar junto com ele onde os princípios e singularidades humanas de um ser inteligente começa de fato, tornando-o humano. No porão onde vive, Andrew aprende a fabricar e consertar relógios complexos, numa sábia alusão a manipulação do tempo, algo incompreensível para um ser imortal, que não envelhece, nem precisa comer, dormir ou descansar. A incrível habilidade e o sucesso com os relógios o torna um robô rico e independente e assim ele começa uma incessante busca pela humanização, numa saga que dura 200 anos, cheia de encontros, desencontros, lutas contra o preconceito, surpresas e um Com interpretação magistral de Robin Willians, que consegue mesclar drama e comédia na medida exata, sua interpretação contida se enquadrando perfeitamente no personagem robótico, os diálogos emocionantes e reflexivos, cenas muito bem-feitas e principalmente as mensagens sobre a importância de viver da melhor forma possível, buscando a felicidade e a plenitude, fazem do filme “O Homem Bicentenário” um filme para ver e rever com a família. Espero que tenham gostado e usando uma frase de Andrew eu me despeço: “Isto fica feliz em ser útil!” 4