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LiteraLivre Vl. 2 - nº 10 – Jul/Ago. de 2018
Moscovita
Sodran Vasil
São José dos Campos/SP
Transmutando o ártico vento no meu peito
Eclodindo em erupção num olhar
Me desarmas no simples balbuciar
Mais exuberante que as torres do Kremlin
O perfume do hálito fresco que desperta o todo em mim
Indubitável e formosa fusão
De menina e mulher em quase perfeição
Nem o gelo siberiano poderia me esfriar
Se o calor de teu corpo em mim viesse habitar
Mas é mistério o teu estar e tua intenção!
Uma agente do meu desejo secreto...
Moscovita, muito mais fatal que Anita
Serias como a certeira Nikita
Designada para aos poucos matar-me
Em rima clichê, diria que serias meu ponto fraco
Assim como para o Super-Homem a kriptonita
Ah! Se abres a porta, e num olhar me convidas!
Moscovita, acabo de vez com essa guerra fria
E realizo aquilo que só penso como seria
Te render ao menos uma vez ao meu amor
Fazendo da atração nosso único ditador
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