Revista LiteraLivre Revista LiteraLivre - 10ª edição | Page 8

LiteraLivre Vl. 2 - nº 10 – Jul/Ago. de 2018 Extremamente bem-feito, o filme é uma obra-prima que retrata o que os horrores da guerra trazem para a vida das pessoas comuns, através de cenas lindíssimas e impactantes, onde imagens Seita, que tem cerca de 12 anos e Setsuko, com aproximadamente 4 anos, tentam sobreviver aos inúmeros bombardeiros se escondendo em abrigos junto com a mãe, que morre ao ser atingida durante um dos ataques; eles se veem sozinhos no meio de toda aquela destruição e morte, pois, seu pai, que está lutando na Marinha Imperial Japonesa, não responde as cartas que Seita envia. Sem outra opção, eles vão morar com uma tia, que a princípio os recebe muito bem, mas aos poucos vai deixando claro que os dois são um fardo, chegando a negar-lhes alimento. Então, eles saem de sua casa e se mudam para um abrigo antiaéreo abandonado, onde terão que lutar uma difícil batalha pela sobrevivência, com a única arma que possuem: o amor. de contrastam corpos com a carbonizados inocência dos irmãos brincando maravilhados com os vagalumes que iluminam a escuridão da noite no abrigo onde vivem, numa dosagem exata entre crítica e lirismo. Considerado por muitos “o filme mais triste do mundo”, “Túmulo dos Vagalumes” é uma obra imperdível, forte, realista, que nos mostra a importância das pequenas coisas para quem não tem mais nada… É impossível não se comover com a trajetória de duas crianças lutando sozinhas pela sobrevivência, enfrentando o desprezo e a falta de compaixão das pessoas, algo tão terrível quanto a fome e a doença… Uma história que “fica” em nossas mentes termina… bem depois Onde que o os filme “heróis” americanos nos causam pavor, ao ouvirmos o aproximando… som E dos o B-29 futuro se parece impossível, numa vida cercada pela 3