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LiteraLivre Vl. 2 - nº 10 – Jul/Ago. de 2018 Confssão do Amor Ernanda de Almeida Virgolino Jaboatão dos Guararapes/PE Entrego está poesia, Como um jardim de lirismo da Marília para o Dirceu, Com o encanto do Pablo Neruda, Pureza da Cora Carolina, Ou como, o livro Sobre o Nada do Manoel de Barros. Porém, meus versos são uma confissão, Sou batizado com nome de Amor. Confunde-me com paixão. Estou sendo enjaulado do meu Condoerismo. Prende-me no êxtase do sentimento imaturo. Perde-me nas nostalgias até utopias. Na ânsia do encontro de algo que não existe. Eu o Amor, Sou estigmatizado pelo que aparento, Esqueceram da minha essência, E sou lembrado como o sentimento dos fracos. Tornaram-me paixão, Até quando serei o jogo da paixão? Refém do instinto animal do homem? Fogem da minha maturidade genuína. Sou derrotado como numa partida, Lastimável, Exigem que eu perda ou ganhe, Afinal, em mim tem algo para se perde? E se Amor fosse apenas Amor, Ou se Eu fosse apenas Eu, Autenticidade seria apenas a questão de amar diferente, De forma igual. 33