LiteraLivre nº 7 – janeiro de 2018
icônica como a série de orgasmos
que a gente tem sempre que consegue
ficar uma tarde inteira sozinhos
espremidos no beliche do teu quarto
e com cuidado pras crianças dos
vizinhos não ouvirem os barulhos da
cama e dos gemidos abafados que vão
se extinguindo pra me dar a oportunidade
de ver o teu sorriso maravilhoso outra
vez me dar a sensação de caminhar sem
pressa sentindo a brisa nas pontes
do Recife Antigo que assim como te
abraçar me faz sentir tão bem quanto
fez da primeira vez que senti.
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