Revista LiteraLivre 2ª Edição | Page 18

LiteraLivre nº 2 Do cinza que ficou As coisas que em mim você deixou Estão no mesmo lugar Não mexi, nem mexeram Ficaram marcadas, guardadas no tempo A espera do dono que não vai voltar A saudade se alonga, Espera antídoto, asilo, exílio tranquilo, fim do martírio Não vem, me retém, faz refém Minhas lágrimas Vertidas sem reprimendas Clamam teu fogo, tua chama Sozinha, não inflama Por ti reclama Em zanga, não te encontra não. Nas ondas da memória quero ficar, navegar São nelas que ainda posso te encontrar Encontrar forças e levantar O verão esperar E no sol te encontrar No luar te contemplar Nas estrelas te buscar 12