LiteraLivre nº 2
forma que o primeiro e Celie é
descartada pelo pai que a “entrega” ao
maldoso Albert (Danny Glover), um
viúvo que a abriga a trabalhar e cuidar
de seus filhos malcriados e desconta
em Celie a frustração e o ódio por não
ter se casado com Shug Avery
(Margaret Avery), sua paixão de
juventude. Com Albert, a obediente
Celie é obrigada a suportar violência
física e psicológica e viver uma vida de
humilhação e profunda tristeza. Após
perder a companhia de sua irmã
Nettie (Akosua Busia), que vai com
um casal de missionários para a
África, depois de ser expulsa por
Albert, ela passa a compartilhar seu
sofrimento em um caderno, onde
escreve cartas para Deus.
A convivência nem sempre pacífica
destas três mulheres tão diferentes e
tão iguais ao mesmo tempo mudará
seus destinos e Celie encontrará
dentro de si mesma a coragem
necessária para lutar por sua liberdade
e a esperança de reencontrar os filhos
e finalmente ter um futuro feliz e
digno.
Depois de suportar anos de solidão e
submissão, duas mulheres fortes e
lutadoras surgem em sua vida
fazendo-a conhecer outra realidade:
Sophia (Oprah Winfrey, numa atuação
surpreendente), esposa de Harpo
(Willard E. Pugh), filho de Albert,
mulher trabalhadora e corajosa e
Shug Avery, que passa a viver em sua
casa, fazendo uma reviravolta na vida
de todos.
Considerado um dos filmes mais
injustiçados pelo Oscar (recebeu 11
indicações e não levou nenhum
prêmio), “A Cor Púrpura” é um filme
inesquecível, com fotografia belíssima,
atuações emocionantes, trilha sonora
magnífica, diálogos fortes e realistas;
uma obra que fala abertamente sobre,
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