Revista LiteraLivre 2ª Edição | Page 8

LiteraLivre nº 2 forma que o primeiro e Celie é descartada pelo pai que a “entrega” ao maldoso Albert (Danny Glover), um viúvo que a abriga a trabalhar e cuidar de seus filhos malcriados e desconta em Celie a frustração e o ódio por não ter se casado com Shug Avery (Margaret Avery), sua paixão de juventude. Com Albert, a obediente Celie é obrigada a suportar violência física e psicológica e viver uma vida de humilhação e profunda tristeza. Após perder a companhia de sua irmã Nettie (Akosua Busia), que vai com um casal de missionários para a África, depois de ser expulsa por Albert, ela passa a compartilhar seu sofrimento em um caderno, onde escreve cartas para Deus. A convivência nem sempre pacífica destas três mulheres tão diferentes e tão iguais ao mesmo tempo mudará seus destinos e Celie encontrará dentro de si mesma a coragem necessária para lutar por sua liberdade e a esperança de reencontrar os filhos e finalmente ter um futuro feliz e digno. Depois de suportar anos de solidão e submissão, duas mulheres fortes e lutadoras surgem em sua vida fazendo-a conhecer outra realidade: Sophia (Oprah Winfrey, numa atuação surpreendente), esposa de Harpo (Willard E. Pugh), filho de Albert, mulher trabalhadora e corajosa e Shug Avery, que passa a viver em sua casa, fazendo uma reviravolta na vida de todos. Considerado um dos filmes mais injustiçados pelo Oscar (recebeu 11 indicações e não levou nenhum prêmio), “A Cor Púrpura” é um filme inesquecível, com fotografia belíssima, atuações emocionantes, trilha sonora magnífica, diálogos fortes e realistas; uma obra que fala abertamente sobre, 2