Revista LiteraLivre 1ª Edição | Page 9

LiteraLivre nº 1 Coluna CULTíssimo Um dos primeiros indícios da extinção de uma raça é a incapacidade de se reproduzir, ao longo dos anos, devido a destruição do meio ambiente, o desmatamento, a caça predatória, os despejos químicos e o crescimento desenfreado das cidades, centenas de animais e plantas foram 4 extintos. Mas e se o mesmo acontecesse com os seres humanos? A cada dia se descobrem novos vírus e bactérias que vão afetando os genes e deixando graves sequelas; a infertilidade é uma delas. Já imaginaram como seria sombrio e sem propósito um futuro sem crianças? Sem bebês, sem a vivacidade infantil, sem novas mães, sem amanhã? Em “Filhos da Esperança”, dirigido com perfeição pelo diretor mexicano “Alfonso Cuarón” (Gravidade, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban) essa é a realidade do mundo em 2027, onde o ser humano mais jovem acaba de falecer aos 18 anos, causando consternação num mundo devastado pela violência, as guerras e a miséria, numa Inglaterra de caos e desigualdade. É nesse futuro onde a humanidade vislumbra sua breve extinção, que vive “Theodore Faron” (Clive Owen), o “Theo” ,como é conhecido, ex-ativista e agora burocrata, um homem desiludido e devastado pela morte do filho; que ao voltar para casa cansado da hipocrisia gerada pela mídia devido a morte do último jovem da Terra, é sequestrado por um grupo de