Revista LiteraLivre 1ª Edição | Page 57

LiteraLivre nº 1 adentraram a garagem da casa, fechando o portão em seguida. Nesse instante, Carolina disse ao seu marido: - Veja, amor! Nem olharam para nós!... Em seguida, seu marido dirigiu-se até o interfone, mas antes que o apertasse, Carolina teve um estalo e lhe disse: - Não! Não toque o interfone!... - Por quê? – perguntou o seu marido. - Não é hoje o aniversário, amor! Acabo de me lembrar – é no mês que vem!... - Hã?!... – espantou-se seu marido. - Sim! Eu errei a data! É por isso que está tudo escuro e não tem nenhum carro estacionado aqui! Vamos embora logo, antes que alguém nos veja!... - Não acredito!... – disse seu marido e começou a rir. Rapidamente, Carolina e seu marido começaram a acomodar as crianças no carro para ir embora, apavorados, com medo de serem vistos e passarem vergonha! Eles passaram mais aperto ainda porque as crianças começaram a chorar e a perguntar: - Por quê, mamãe? Por que a gente vai embora?! Eu quero ir à festa, mamãe! Carolina tentava acalmar as crianças dizendo que havia se enganado quanto ao dia do aniversário, mas elas choravam mais alto ainda! Por sorte, ninguém naquela casa ouviu o choro das crianças e eles conseguiram sair dali sem serem vistos. Assim que se distanciaram da residência, Carolina começou a rir do acontecido e disse ao seu marido: - Só eu mesma para fazer uma coisa dessas!... Ainda bem que ninguém viu a gente! Já pensou a vergonha que a gente ia passar?... - Nem me fale! – disse o seu marido. - Bem, já que estamos todos arrumados, que tal irmos comer em uma lanchonete? – sugeriu Carolina. - Pode ser, amor! – concordou seu marido, e as crianças já se animaram: - Vamos, vamos! – disse sua filha mais velha. No trajeto, Carolina começou a pensar por que tinha se enganado 52