LiteraLivre Vl. 4 - nº 19 – Jan./Fev. de 2020
Francisco Guilherme
Santo André-SP
O amor não abre sua fruta densa e voraz
é como ter dentro de si
a tarde
aquela espera entre trilhos
aquela experiência
que te faz vagar
de olhos acesos.
em todo o canto existe
medo
fronteira,
abandono
e fuga necessários
mas pra onde se a porta
da saída se fechou
se o tempo orbitou
nos muros
e fez essa proposta
parecer vazia?
abra as mãos
deixe a água cair
dentro delas
lave as artérias
que explodem
o sangue sujo
mas, entretanto
fique em silêncio
pois o amor
está do lado de fora
e não abre
sua fruta densa
e voraz...
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