Revista LiteraLivre 18ª edição | Page 81

LiteraLivre Vl. 3 - nº 18 – Nov./Dez. de 2019 em tempos diferentes, sentiram o forte cheiro dos perfumes importados do Gravata Branca e algumas largaram seus esposos, outras duas, foram ao trabalho de seus maridos, pois desconfiavam de mulheres. Os dias se passavam e as roupas continuavam voltando com perfumes diferentes. Elas foram espalhando para as demais e juntou-se uma "ruma" de "mullé" para uma megaoperação nessa empresa. Chegado o dia das mulheres irem, todas se organizaram com documentos, a fim de, ao sair da empresa, darem entrada nos divórcios. Os homens morriam de medo do temido Gravata Branca por conta dos perfumes, que eram ótimos, mas a fragrância grudava nas peles por aproximadamente uma semana. Que mulher, toleraria tal coisa? Ou que marido iria acreditar em casa se fosse sua esposa? Chegando lá e todos falando a mesma linguagem, inclusive as funcionárias, que o tal Gravata Branca fazia isso com os funcionários homens, em geral. As esposas ficaram sem entender, mas estavam dispostas a encontrar o Gravata Branca para uma sabatina. Chegando à gerência, descobriram que ele, naquele exato dia, tinha sido recebido os valores dos perfumes vendidos ao chegar bem cedo na empresa e tinha viajado para outro estado, porque percebeu que algo de ruim iria acontecer com ele, tanto pela parte das mulheres como dos homens e, até mesmo do gerente que permitira sempre ele entrar para vender suas doces fragrâncias. Elas ficaram doidas, mas nunca encontraram o "rei dos perfumes" ou mais conhecido como "O Gravata Branca". [78]