LiteraLivre Vl. 3 - nº 18 – Nov./Dez. de 2019
em tempos diferentes, sentiram o forte cheiro dos perfumes importados do
Gravata Branca e algumas largaram seus esposos, outras duas, foram ao
trabalho de seus maridos, pois desconfiavam de mulheres.
Os dias se passavam e as roupas continuavam voltando com perfumes
diferentes. Elas foram espalhando para as demais e juntou-se uma "ruma" de
"mullé" para uma megaoperação nessa empresa.
Chegado o dia das mulheres irem, todas se organizaram com documentos, a
fim de, ao sair da empresa, darem entrada nos divórcios. Os homens morriam de
medo do temido Gravata Branca por conta dos perfumes, que eram ótimos, mas
a fragrância grudava nas peles por aproximadamente uma semana. Que mulher,
toleraria tal coisa? Ou que marido iria acreditar em casa se fosse sua esposa?
Chegando lá e todos falando a mesma linguagem, inclusive as funcionárias,
que o tal Gravata Branca fazia isso com os funcionários homens, em geral. As
esposas ficaram sem entender, mas estavam dispostas a encontrar o Gravata
Branca para uma sabatina.
Chegando à gerência, descobriram que ele, naquele exato dia, tinha sido
recebido os valores dos perfumes vendidos ao chegar bem cedo na empresa e
tinha viajado para outro estado, porque percebeu que algo de ruim iria acontecer
com ele, tanto pela parte das mulheres como dos homens e, até mesmo do
gerente que permitira sempre ele entrar para vender suas doces fragrâncias.
Elas ficaram doidas, mas nunca encontraram o "rei dos perfumes" ou mais
conhecido como "O Gravata Branca".
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