Revista LiteraLivre 18ª edição | Page 187

LiteraLivre Vl. 3 - nº 18 – Nov./Dez. de 2019 Rosa Maria Soares Bugarin Brasília/DF Bachert - Alma gêmea O relógio bateu as horas. O amor deteve o tempo. O coração vibrou na juventude dos sonhar e os braços enlaçaram o abraçar que abarca o que não finda. Busquei do sol, o raio dourado, para enfeitar teu ser e dar-lhe brilho... A abelha deu-me o mel para adoçar tua boca e teu sorriso. O colibri, um beijo leve, que toca a alma, mais que lábios marcam... A estrela colhi, tal flor silvestre e com ela adornei teu passo manso... Do luar, companheiro de ilusões, cúmplice e branco, enternecendo auroras, recebi uma paz de rendas transparentes, a cobrir-me o corpo em prateado manto... Flores várias, fizeram-se corbeille para encantar tua visão sem névoas, Passarinhos entoaram cantos doces para suavizar ruídos sem acordes. O próprio tempo, mestre dos enganos, [184]