Revista LiteraLivre 18ª edição | Page 186

LiteraLivre Vl. 3 - nº 18 – Nov./Dez. de 2019 Têm dignidade as personas que ali estão, em folhas amareladas, empilhadas em prateleiras. Identidades implícitas, sociedades de indivíduos que, no infinito das bibliotecas, se mantêm inteiras . São culturas adormecidas, costumes aprendidos com os antepassados, um passado sem memória, escondido em nossos continentes, na mente dos escritores, na memória da História. História “esquecida”. Há poder na história apagada, na história rabiscada. História excluída. História-poder. Queima de arquivo. A solução é lapidar a alma e começar tudo de novo. Dar nova roupagem ao que vivemos, construir outras bibliotecas. Empilhar cultura na morfologia pura da palavra do narrador, vivenciar alegria, superar a dor. Modificar genuinamente a história. Promover a exclusão da exclusão, modificar o livro didático, excluir o saber estático, a história solidão. E que no relógio do passar do tempo nada seja esquecido. Manter opções em aberto no livro do comprometimento, para reinventar. É o que cabe a nós para que o legado das atuais e futuras gerações não seja mal interpretado. História-poder: esse é o significado. https://www.instagram.com/rosaacassia/?hl=pt-br [183]