LiteraLivre Vl. 3 - nº 18 – Nov./Dez. de 2019
Mairon Neves de Figueiredo
Viçosa/MG
Soluções de Café
Noite escura, tortura, sufoco de dor
O olhar frenético, mas consistente
Vibrações, pernas estridentes
Escondem ansiedade evidente.
No entoar carente
Conhecimento excedente
De difícil alcançar
A calmaria chega
Sons antes dispersos
Agora seu ouvido apedreja
Tic-Tac e relógio não para,
Os grilos proclamam
Lua cheia, nobre e rara.
Os carros vão e vem.
Enquanto esse alguém, se mantém
Na noite sombria
Já se vai a animação
Se some euforia,
Apaziguando a inquietação
A cadeira que antes soava no assoalho,
Agora se paralisa
O corpo que comporta,
No incomodo se acomoda
No estudo nem tudo se encaixa com nexo
Luz clara, na cara, mascara o sono
Os livros se acumulam,
As páginas passadas,
Já sem suporte,
Os dedos correm,
A cabeça pesa,
Na mão que apoia
[132]