LiteraLivre Vl. 3 - nº 18 – Nov./Dez. de 2019
Vindos de inúmeros abrigos
E quase todos em degustação
Havendo quem só prefira provisão
Para ter condição
De vida em futuro
Quando eu auguro
Que pouco haverá
De alimento por cá
Para satisfazer todos
Ansiando por tais rodos
No tempo que virá.
O cenário até dará
Para escrita mais
Mas não tenho sinais
Da parte do senhor
De que poderei pôr
Tudo em prosa
Dificilmente cor-de-rosa
Mesmo que ele prefira
Poesia que não fira
Mentes mais susceptíveis
Eventualmente consumíveis
Com determinado enredo.
Como ainda é cedo
O bispo traz mais papel
Para eu dar início
Ao anterior indício
Que ele também idealizou
Para o meu papel
De escritor oficial
Do bispo sem outro igual
Que bem se lembrou
Desta comezana
Que ainda abana
O salão de festas
Onde todas as arestas
Estão apinhadas
E até sufocadas
De pessoas e coisas
Bichos e intrigantes loisas
Que não quiseram
Ficar de fora
Na melhor hora
Em que puderam
Viver tudo isto
Para a escrita onde insisto
Com relato que não resisto
A torná-lo fidedigno
E de criatividade digno
Com os dois num belo misto
Para o enredo que visto
Com recursos estilísticos
Que sejam nobres dísticos
Para depois ser visto
Por toda a gente que registo
Com mais alguém imprevisto
A ficar igualmente bem-visto
Lendo “A ceia do bispo”.
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