Revista LiteraLivre 18ª edição | Page 126

LiteraLivre Vl. 3 - nº 18 – Nov./Dez. de 2019 Luís Amorim Oeiras, Portugal A ceia do bispo É posta a mesa Com agradável certeza Na esperada afluência Dos ilustres representantes Da terra onde a vivência Se faz com reverência Agora como antes Ao bispo que ilumina Toda a gente fina Em seus privilégios E outra sina Nos menos egrégios Em posses visuais Mas com seus laborais Contributos essenciais. É hora de ceia Na mansão bispal E tanta candeia Tem percurso final Para dar participação Com sua devoção Pelo bispo aclamado Por ser de bom trato Com todo o povoado Que não leva prato Nem qualquer oferenda Esperando haver merenda Ou algo que se coma Em ceia que se soma Na lista de faustosos eventos Onde existirão assentos Espera-se, para todos Os que terão modos Tão disciplinados Previamente solicitados Para haver boa figura Sem constante rasura Em ser que embarace E dessa forma mace O bispo atencioso Com manjar vistoso No cear mais saboroso. Tudo pronto E chegam convidados Finalmente avistados Como os primeiros Que eu conto A pedido do bispo Em escritos certeiros Que bem avisto Como tarefa fácil Pois aos mil Não se chegará Disse eu a sorrir Em conversa de descontrair Com o bispo a anuir No exagero que não passará Dali, pensámos nós A uma só voz. Entram duquesas E outras realezas Nobres e frades Com suas vontades De apetites vorazes Ao passo que os ases Das corridas de circuitos Como príncipes de muitos Também aparecem Sem que neles tropecem Pelo menos por enquanto À procura de canto Para autógrafo dado Quando tal for solicitado. Membros paroquiais E conselheiros coloquiais Chegam com antecipação Aos deputados que na eleição Última em consideração Se tornaram vitais Para os problemas locais [123]