LiteraLivre Vl. 3 - nº 18 – Nov./Dez. de 2019
Carlos Jorge Azevedo
Santa Marinha do Zêzere- Baião- Portugal
Ave solta
Abro a porta da gaiola
A gente já não resiste
À pobre ave assim tão triste
Deixo a ave dar o fora.
Fica a porta entreaberta
Prò caso de regressar
E que queira descansar
Depois de ir à descoberta.
Ao vê-la mais desenvolta
Abro-lhe meu coração
E pergunto-lhe a razão
Porque vai e porque volta.
Mui loquaz a avezinha
Responde com seu trinado
E deixa-me embasbacado
Que aqui é a sua casinha.
Nem procura fazer ninho
E não quer ficar alheia
A quem a acolhe e enleia
Doce colo em que se aninha.
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