LiteraLivre Vl. 3 - nº 16 – Jul./Ago. de 2019
Son(h)eto
Chievato Lerini
Pacatuba/CE
Após de minha insônia a mordedura,
Estas pálpebras cobrem o cansaço;
Das carnes tão sofridas me desfaço,
Levando-me comigo a desventura.
Um esboço onírico me figura;
Estou perdido e só num negro espaço,
E paulatinamente, em ar escasso,
Sufocam-me as lágrimas de amargura.
É a Morte! Ela está em minha frente!
Um frio de óbito faz erguer meus pelos;
Acordo eu, suado do afã ingente.
Os males, não pode o sono escondê-los.
Eu vejo, com o peito inda pungente,
Que aos sonhos esmagam os pesadelos.
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