LiteraLivre Vl. 3 - nº 16 – Jul./Ago. de 2019
Semiárido
Júlia Alencar
Juazeiro do Norte/CE
Na aridez do sertão
de um vermelho incerto
desbotado marrom,
Cactos se espinham
no eterno mormaço,
No oco dos galhos
um vazio.
O céu nubla do nada,
anuncia um milagre:
da primeira gota
que cai nesse chão
castigado
brotam flores brancas
de um mandacaru
sofrido –
Reviver é lindo.
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