LiteraLivre Vl. 3 - nº 16 – Jul./Ago. de 2019
A família perfeita,desce no ponto perfeito do ônibus imperfeito,cheio de gente
imperfeita nos celulares perfeitos mais de vidas imperfeitas.
O ônibus segue lentamente,olho pela janela.
O pai perfeito empurra a mãe perfeita,a criança chora,ele não liga para filha,mas
liga o perfeito celular,a mãe perfeita quebra o celular que agora não é mais
perfeito.
Afinal,não era um família perfeita.
Com mais velocidade seguimos viagem,uns descem outros sobem,e nós
permanecemos ali.
Estamos chegando ao nosso destino.
Nós dois,as colegas de trabalho com seios e unhas pretas e mais algumas
pessoas que estão espalhadas pelos bancos vazios do ônibus.
-Este ponto é o ponto do metrô? – pergunto para uma senhora
-Sim ! -ela responde e sorri.
-este ponto é da estação do metrô? -pergunta um rapaz para mim.
Apenas digo que sim e desço.
As colegas descem.
Todos descem com suas malas,mochilas e seus fardos para começas a semana.
O motorista segue só até o ponto final.
Seguimos rumo ao metrô.
As colegas seguem para o trabalho.
A vida corre,os passageiros correm.
Mas a verdade é que ninguém sabe para onde vai.
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