LiteraLivre Vl. 3 - nº 16 – Jul./Ago. de 2019
Viver em espaço tão limitado
Ou o problema sou eu
Que sinto que todo o espaço é apertado
O mundo é grande demais
Para enxergar apenas o chão sob meus pés
E se eu precisar sair correndo
Preciso saber até onde posso ir.
Como vou pintar de rosa
Estas paredes sujas de fuligem
Plantar flores no concreto
E confiar em sorrisos fáceis?
Preciso ver como as pessoas realmente são
E ver as curvas de um caminho torto
Não sei viver de ilusão
E muito menos ficar inerte a todo o resto.
Não me atrevo a pisar em sua grama
Pois a poeira que trago na sola
Ofende e faz sangrar
Pergunto: em que mundo você vive?
Bem na verdade, nem quero saber
Do mesmo não vou pra lá!
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