Revista LiteraLivre 16ª edição | Page 127

LiteraLivre Vl. 3 - nº 16 – Jul./Ago. de 2019 Magnânima singeleza Paulo Vasconcellos Capanema-Pará-Amazônia Quisera eu poder alcançar o cume de uma montanha Para lá usufruir o ar puro da natureza E sentir o vento balançar meu corpo Fazendo com que eu tenha que buscar proteção Para não desabar montanha abaixo. Quisera eu poder contemplar o meu coração Com a ternura que a mim se oferece Em contínuas palpitações reveladas através de um pensamento fértil Compensado por bravura e capacidade Tudo de acordo com a simetria Incorporada por ligeira inclinação Moldurada de carisma enigmático Que me faz suportar a ansiedade Demonstrada de forma explícita Provocada pela dor da saudade Com rigor aprimorado de cautela Cravada no seio da intimidade Ante a valentia da minha reação Mesmo que ela seja emblemática, Filosófica ou até transcrita em um pedaço de papel. O que importa é a minha simplicidade Oportunizando-me crenças ocasionais Revigoradas pela essência do saber. Quisera eu poder abraçar o mundo inteiro Para adotar uma fagueira emoção Que se embrenhara livre na floresta Dificultando o meu encontro com a felicidade Momento que eu tanto sonhara. Eu propunha pelo menos um aperto de mão Por me sentir fragilizado pela dureza da melancolia Traduzida em doce e terna paixão Que se tornara avassaladora Um caso de amor incondicional Em consonância com a razão. 124