LiteraLivre Vl. 3 - nº 16 – Jul./Ago. de 2019
Guernica Tupi
Maria Marão
Bragança Paulista/SP
Não havia gorjeio no ar
Apenas o arrastar das puídas franjas das vestes dos que choravam
e o silêncio no respirar dos que já não choravam mais
Restava subir, sem nada nas mãos para mostrar
aqueles que mergulhavam no enlameado labirinto
Corpos perdidos, a afundar
Estranhos brumados eu vi
Em que o límpido foi em fosco marrom arrastando
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