Revista LiteraLivre 15ª edição | Page 63

LiteraLivre Vl. 3 - nº 15 – Mai./Jun. de 2019 Casinha de sapê Matheus Lucas de Arruda Camara Cantagalo/RJ Deitado na rede Olhando a açude Olhava por ali passar A simplicidade da vida... Do alimento Na água... Não havia complexidade Era a orquestra da vida Na sua singela demonstração Pelo sim ou pelo não Eram as galinhas, o canto do sabiá Sempre a ir e voltar Junto com o gorjear Das Seriemas Seguia seu curso As gotas de água Para dentro do açude Formando a imensidão Esqueça-se dos problemas A vida é uma imensidão Sem explicação Que colocamo-nos a admirar Cada segundo desabrochava Uma nova semente Dando o ar da graça Surgindo para o mundo Pastava no alto do morro Meia dúzia de gados Os quais olhavam Ligeiramente, a casinha de sapê Era aquela simplicidade de sempre Sem grandes exageros Sem grandes transformações Era a vida e suas demonstrações... Os peixes amontoavam-se Ao ouvir o chacoalhar 60