LiteraLivre Vl. 3 - nº 15 – Mai./Jun. de 2019
Casinha de sapê
Matheus Lucas de Arruda Camara
Cantagalo/RJ
Deitado na rede
Olhando a açude
Olhava por ali passar
A simplicidade da vida...
Do alimento
Na água...
Não havia complexidade
Era a orquestra da vida
Na sua singela demonstração
Pelo sim ou pelo não
Eram as galinhas, o canto do sabiá
Sempre a ir e voltar
Junto com o gorjear
Das Seriemas
Seguia seu curso
As gotas de água
Para dentro do açude
Formando a imensidão
Esqueça-se dos problemas
A vida é uma imensidão
Sem explicação
Que colocamo-nos a admirar
Cada segundo desabrochava
Uma nova semente
Dando o ar da graça
Surgindo para o mundo
Pastava no alto do morro
Meia dúzia de gados
Os quais olhavam
Ligeiramente, a casinha de sapê
Era aquela simplicidade de sempre
Sem grandes exageros
Sem grandes transformações
Era a vida e suas demonstrações...
Os peixes amontoavam-se
Ao ouvir o chacoalhar
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