Revista LiteraLivre 15ª edição | Page 154

LiteraLivre Vl. 3 - nº 15 – Mai./Jun. de 2019 Exatamente à meia-noite como na vez anterior começam os barulhos estranhos, sendo que agora mais intensos. O funcionário decidiu nada fazer, esperou raiar o dia. Ao amanhecer, o funcionário foi verificar o quarto e não viu nada de diferente. O hóspede pagou a conta e novamente deu uma boa gorjeta. O funcionário ficou bastante intrigado. “Por que ele pediu as mesmas coisas? por que o mesmo dia e mês e o barulho?” perguntou a si. Passa-se mais um ano e pela terceira vez, no mesmo dia e mês, o homem retorna ao hotel, pede as mesmas coisas e o mesmo número de quarto. O funcionário o atendeu e ficou novamente acordado decidido a desvendar o mistério. E à meia-noite em ponto começam os barulhos. Dessa vez o funcionário agiu diferente: resolveu perguntar o que ele fazia no quarto e o porquê dos pedidos. Bate à porta ― toc toc toc... ― o homem a abre: ― Pois não! ― Desculpe-me o incômodo... toda vez que o senhor fica nesse quarto saem uns barulhos estranhos... o que acontece aí dentro? ― o hóspede respondeu: ― Posso te contar o segredo, mas com uma condição! Você promete não revelar a ninguém? ― Sim, prometo! Tenha certeza que não contarei nada a ninguém! Eu juro! O hóspede contou o segredo para o funcionário e ele o guardou consigo, não revelou a ninguém. Ninguém até hoje sabe o que se passava lá no quarto nº 32 após a meia-noite. Nem eu descobri o segredo, estou morrendo de curiosidade! Quem souber me conte. 151