Revista LiteraLivre 14ª edição | Page 13

LiteraLivre Vl. 3 - nº 14 – Mar./Abr. de 2019 À beira da falência, ela tem que enfrentar uma série de problemas: seus idade, em Mahwah, Nova Jersey, num asilo para idosos. filhos quase morrem de sarampo, ela contrai Gripe Espanhola, perde 4 colegas de trabalho para a doença e tem que enfrentar um divórcio litigioso. Alice dirigiu seu último filme em 1920, quase morrendo durante a produção por causa da Gripe Espanhola. Em 1922, devido ao divórcio, ela finalmente decreta falência, Após 24 anos de trabalho intenso, leiloa o estúdio e volta para a França, mais de 1000 filmes, entre eles 22 onde, sem encontrar reconhecimento longas-metragens, Alice Guy-Blaché, por sua obra, passa a dar aulas de a primeira pessoa a criar filmes com cinema; ela nunca mais viria a dirigir ou narrativa e coerência (começo, meio e produzir outro filme. fim), inventando o cinema conforme o conhecemos hoje, com atuações realistas (ela espalhava placas pelo estúdio com o lema: Be Natural – Seja Natural) e não caricatas e exageradas como se tornou comum entre seus contemporâneos do cinema mudo, foi simplesmente excluída dos Em 1956, Alice Guy-Blaché foi registros históricos pelos homens que condecorada na França com a Ordem passaram a Nacional da Legião de Honra, a maior indústria cinematográfica honraria do governo francês a figuras de mesmo por seu primeiro apoiador, destaque militar ou civil do país; até Léon então, sua obra estava completamente participação de Alice no livro que esquecida. No ano de 1964, ela retorna escreveu sobre a história do seu aos Estados Unidos, para morar com a estúdio. Somente em 1954, seu filho, filha e em 1968, falece, aos 94 anos de Louis 10 comandar Gaumont, Gaumont, a que corrigiu lucrativa e até omitiu o a erro,