LiteraLivre Vl. 2 - nº 12 – Nov./Dez. de 2018
Demolição
Magali Guimarães
Águas Claras/DF
Demoliram a casa da Poeta!
Ali, onde sorriu, chorou, dormiu...
Onde, por longo tempo viveu!
Onde, numa madrugada fria,
seu último poema ela escreveu.
Demoliram a casa da Poeta.
Arrebentaram ao chão as telhas chorosas
e as tristes paredes de seu quarto.
Os vidros da janela – onde um dia a poeta cantou à lua –
partiram-se em mil pedaços!
Demoliram a casa da Poeta...
E agora, pouco importa o que ali se levante,
o que, naquele lugar, se reconstrua.
Não há mais casa nem Poeta, não há nada...
A poesia foi parar no olho da rua.
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