LiteraLivre Vl. 2 - nº 12 – Nov./Dez. de 2018
Recontando o amor
Lucas Vilela
Belo Horizonte/MG
É incrível como o amor nasce. Existe e perdura além das histórias, do tempo. As
vezes é ingrato, outrora, pode ser benigno. É confuso, é certeiro, desbanca o
orgulho quando quer. O amor sempre é tudo e nunca é nada, é sempre mais que
eu e você. É como ser dois, é como ser mais e mais e nunca se diminuir.
O amor sempre é valido, as vezes parece fraco e a gente até entende.
O amor é ousado, é esperto, um benfazejo. O amor quando nasce é conveniente,
é primoroso. É como um talento, é obra de arte, nasce no coração dos
apaixonados, é saudade, é história, história da gente. No coração dos amigos, é
claro, é nítido. É perfeito, é preciso e cortês. Diante da família o amor é completa
e totalmente espontâneo, sobressalente eu diria. Na utilidade do proveito, da
prosperidade, da comunhão.
O amor nasce no coração das mães, ainda entre o ventre, sobre um corpúsculo
minuciosamente perfeito e se estende até o fim da vida, comumente desconfio
que vá além disso. O amor se entrega, impressiona, se torna infinito. Um amor
que não sobrevive de teorias e conversas, mas, um amor que atravessa
barreiras, canções e impressiona diante das suas possibilidades; coragem e
valentia.
O amor existe, ele cura, ele supera, ele permite. O amor busca novos corações,
busca maturidade e inocência. Deseja existir profusamente entre a vida das
pessoas, das relações, da própria continuada da vida. O amor se aventura, trás
frio na barriga, permite loucuras e dor. O amor tudo suporta, coexiste junto da
paixão, da amizade, do companheirismo e do respeito. É imutável, é
inquestionável por simplesmente existir.
Sem amor não existe fôlego, seriamos vazios e descrentes. Nos faltaria emoção,
Não existiria esperança e chuva nos nossos corações. De nada valeria existir,
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