LiteraLivre Vl. 2 - nº 11 – Set/Out. de 2018
Fogo Ardente
Maíra Luciana
Samambaia/DF
O fogo queima É tudo o que restou
E no mesmo instante em que E com baforadas de fala
As cinzas caem Apenas cheiro de fumaça
As labaredas se expandem E o fedor de carvão exala
Inflamam os caminhos Das orelhas, enxofre quente
E num estopim, fogaréu Olhos pretos, assim como as paredes
Fumaça densa Manchadas pela ânsia da combustão
Que ocupa todo espaço Sujas pelo queimar
Mente em chamas E entre cinzas, enxofre e carvão
Queimando ardentemente Sua voz se cala
Mas no findar da brasa Pois não há som
Cinzas Que transpasse
O pó do antes fogo O poder do fogo
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