LiteraLivre Vl. 2 - nº 11 – Set/Out. de 2018
Filhos da Terra
Nilde Serejo
São Luís/MA
Meus olhos marejam diante de ti Crianças choram, sofrem, pobres órfãos.
Estúpida imagem real e hedionda Os irmãos, estendem a mão com
Os filhos da terra rastejam sem forças esperança
Sobrevivem em plena morte da matéria Retratos reais dos filhos desta terra
A dor que aperta o bojo faminto Sofrem inadimplência direta
Escorre pela alma desnutrida de carinho Uma minoria que em maioria nem se
Trabalhos, maus-tratos, vida escassa revela
Cai por terra, enterra, some Fecham caminhos, escondem os meninos
Lágrimas secaram de sede e de fome Famílias desamparadas, maltratadas
Pedidos de socorro, quem os ouvem? Correm, fogem, ou morrem.
Voz se cala, mal consome Salvem as crianças,
Os gigantes não dormem, viram as costas Salvem os filhos da terra.
Atacam silenciosamente
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