Revista LiteraLivre 11ª Edição | Page 51

LiteraLivre Vl. 2 - nº 11 – Set/Out. de 2018 Mas ele desconversou dos dois, foi até a jukebox e colocou forbidden colours pra tocar. Os olhos de Jordana faiscavam. Ela, curiosa como sempre, serelepe demais, buscava saber como se comportava a filha do Maranhão, o dono do bar, com a chegada do ex-namorado. Logo que Ignácio sentou-se numa das cadeiras sobrando, ironicamente pedindo permissão, mesmo se sabendo bem-vindo, notou um olhar de sobressalto em Jordana e voltou-se para acompanhá-lo. Passava-se uma querela entre o Maranhão e Rúbio, que, supostamente, desrespeitara sua jovem filha. Mas, em o Maranhão não sabendo que o garanhão era da pesada, lançou-lhe pimenta aos olhos… Iniciava-se assim um tumulto no bar, do qual as escassas pessoas às mesas fugiam, mas Ignácio, que gritava com ambas as partes como se fosse uma autoridade – quis apartar. Debalde: Rúbio em fúria sacou de uma arma e atirou na perna do velho e no peito de Ignácio. Ambos caíram, a sangrar e a gemer, todos a correr, ficando apenas Jordana, Aniceto e a jovem, que já gritavam e chamavam socorro. Foram levados para o pronto socorro de imediato. E era pouco depois disso, na emergência, que Ignácio morria pedindo à Jordana mil perdões pelo seu silêncio. www.pedradetoque.com www.lumedarena.blogspot.com.br 45