LiteraLivre Vl. 2 - nº 11 – Set/Out. de 2018
fossem parentes. Eu sabia que não havia parentesco ou conhecimento entre eles,
daí a minha emoção.
Os rostos estavam muito próximos, riam de uma forma escancarada, e
achei que, por justiça e beleza, cena de tamanha pureza merecia ser pintada por
um artista consagrado no teto de uma catedral, ou que as lentes carregadas de
sensibilidade de um fotógrafo renomado, como Sebastião Salgado, tivessem feito
o registro. Era uma obra de arte, sem dúvida.
No sorriso banguela de Cida a expressão da felicidade na verdadeira
acepção da palavra. Quanto ao gesto e o sorriso de João, a certeza que uma
sensível e nova geração está se formando, e poderá proporcionar um futuro
melhor ao nosso país.
O que vi no coletivo daquela tarde foi a somatória de sentimentos e atos
nobres quase sepultados nos dias atuais, como alegria, bondade, gentileza,
meiguice,
respeito,
sensibilidade,
solidariedade,
cordialidade,
atenção,
humanidade, entre tantos outros. Manifestou-se também, o amor verdadeiro, o
mesmo ensinado e vivido por Jesus.
E se o amor ensina-nos as virtudes, indubitavelmente aquela imagem é a
foto real da caridade, a maior de todas as virtudes.
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