LiteraLivre Vl. 2 - nº 11 – Set/Out. de 2018
Dulce, Aquela…
Julia Mascaro
Osasco/SP
Vivo enrolada num cesto a sondar
Aspergindo veneno
Enquanto mordo
Sou uma serpente
Sem complementos
Igual à vegetação.
A vida barroca é minha indumentária
Sibilo e danço o deserto sonoro
Visito duas aranhas vermelhas
Há uma rama folhagem vermelha
Medo? De viagem...
Azul... É a escrita...
Faço um balaio de penas
Quero ouvir o som da trompa... Da tuba...
Rastejando alcanço seus olhos a lhe dizer...
Já deixei a pele de serpente...
A transformação exige
Algo a mais de mim...
Vivo em flashbacks... Igual à memória de uma vida
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