EMPRESAS ELÉTRICAS: AS AGÊNCIAS DE
ATENDIMENTO DO SOBRADO
A Companhia Ytuana de Força e Luz foi à
primeira empresa que iniciou as atividades de
distribuição de energia elétrica na cidade.
Constitui-se em 16 de Agosto de 1903 por
capitalistas da região; para então começar sua
distribuição, a Companhia compra terras na
cidade de Salto para a construção da Usina de
Lavras que realizou a geração da energia para
ambas as cidades.
Em 1927, após a recessão do contrato, a
Companhia Ytuana de Força e Luz é vendida para
a São Paulo Railway, Light and Power Company
Limited, empresa de atuação na capital que vê
indicios de crescimento com empresas do setor
elétrico em cidades do Interior, mantendo assim
a Usina em Salto e a agência de atendimento em
Itu. Na década de 60, o governo investiu em
projetos de criação de energia elétrica
consolidando assim como fornecedor de energia
elétrica por meio das Centrais Elétricas (CESP).
No ano de 1981 o controle acionário da Light
passou o governo do Estado de São Paulo quando
foi criada a Eletropaulo – Eletricidade de São
Paulo – S.A, assim Itu teve mais uma companhia
responsável pela distribuição de energia, ficando
no atendimento da agência até 1997.
Em seu período de atividade como agência, a
Eletropaulo já continha um pequeno acervo de
peças referentes à energia elétrica, podemos
ressaltar o ínicio de uma ideia que poderia se
tornar verdade e com isso, em 1998 a
Eletropaulo cede o sobrado para a Fundação
Energia e Saneamento para se tornar o Museu da
Energia de Itu.
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TÉCNICAS CONSTRUTIVAS
O Museu da Energia é um exemplo
arquitetônico de arquitetura que emprega: Taipa
de Pilão nas paredes estruturais e o Pau a Pique
como paredes divisórias do sobrado.
‘‘
A taipa de pilão é técnica construtiva
característica da arquitetura paulista, que
a herdou dos portugueses que, por sua vez,
a receberam dos árabes quando estes
estiveram no Algarve. Diz-se que “onde
houver paulista, há taipa e por onde houve
taipa passou o paulista”1 A técnica
caracteriza-se pela utilização de terra
apiloada dentro de formas de madeira,
originando paredes muito resistentes à
compressão, mas não à água. Por esse
motivo seu revestimento protetor sempre
foi a maior preocupação, sendo composto
de várias camadas superpostas: a primeira
de terra e agregados como capim e as
demais de terra e porcentagem gradativas
de areia. No caso ituano, este tipo de
técnica tem indícios de requinte: até a
azulejaria portuguesa serviu como
revestimento nobre, após as primeiras
camadas de terra que protegiam a velha
taipa do século XIX. (HISTÓRIA & ENERGIA,
p. 24, 2000).
’’
Pau a pique é definido como (CORONA & LEMOS,
p. 326,1972), é o nome dado a um tipo de taipa
em que as paredes possuem uma armação de
varas ou paus verticais unidos entre si por
pequenas varas equidistantes e horizontais,
situadas alternadamente do lado de fora e do
lado de dentro. Essa trama de paus, fixados
embaixo nos baldrames e em cima nos frechais, é
preenchida de barro.