Revista Ice Brasil - Junho/Julho Ice Brasil Julho 2017 | Page 8
BOBSLED BRASILEIRO INAUGURA
PISTA DE PUSH EM SP
Novidade é mais uma iniciativa da
CBDG visando o aprimoramento técnico
das equipes de bobsled do Brasil
Jorge Peligrino, morador de Joinville, Santa Catarina, é ilustrador e webdesigner freelancer. Ele gosta de desenhar
personagens e cenários voltados para animação, games e cursos à distância. É colaborador da Revista Ice Brasil.
O bobsled brasileiro deu mais um im-
portante passo rumo aos Jogos Olím-
picos de PyeongChang. Neste mês, foi
concluída a montagem da pista de push,
instalada no Núcleo de Alto Rendimento
(NAR), em São Paulo.
Momento em que os atletas empurram
o trenó no gelo, o push é equivalente à
largada e costuma ser decisivo para a
performance das equipes. Com 78m, a
pista oferece a possibilidade de ser des-
montada e, assim, pode ser deslocada
para outros locais. Integrante da seleção
brasileira de bobsled, Odirlei Pessoni en-
tende que com a novidade o Brasil dará
um salto de qualidade nas competições
internacionais. “O que sempre falamos é
que com uma pista de push no país não
perderíamos em preparação física para
o resto do mundo. Eles (outros países)
também não empurram em pista de gelo
neste período. Fazem da mesma forma
que nós. Sempre que chegávamos na
temporada, gastávamos um mês para
pegar ritmo da empurrada, por causa do
longo período sem empurrar. Então a pis-
ta pode pode nos ajudar a chegar a todo
vapor, sabendo o que vamos fazer”, comenta.
Experiente, Odirlei explica que com a
pista será possível aprimorar “o sincronis-
mo e a técnica da equipe o ano inteiro”.
O fato de não treinar sobre o gelo e
em baixíssimas condições climáticas são
fatores de menor importância, explica: “A
forma de empurrar e correr é a mesma
no gelo e na pista que temos, então essa
diferença não interfere muito. Como o
trenó que temos aqui tem a mesma me-
dida do trenó do gelo, a empurrada, a
sincronia e a forma de correr é a mesma”, diz.
A opinião de Odirlei é compartilhada
pelo piloto da equipe da seleção, Edson
Bindilatti, que comemorou: “Hoje pode-
mos dizer que não ficamos atrás em nada
em termos de preparação em relação a
qualquer time do mundo.”
Em 17º no ranking mundial, o 4-man
brasileiro está muito perto de garantir
vaga nos Jogos de Inverno de 2018. Hoje,
as duplas masculina e feminina também
têm boas chances de ir à Coreia do Sul.
RABISCANDO O GELO!
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