A HORA E A VEZ
DO
CURLING
BRASILEIRO
Com Anne Shibuya e Marcio Cerqui-
nho, Brasil se prepara para disputar o
Mundial de Curling de Duplas Mistas
pela quarta vez consecutiva
S
e até pouco tempo atrás a pre-
sença do Brasil nas principais com-
petições de Curling ainda causava
espanto, hoje a história é bem diferente.
Pelo quarto ano consecutivo, o país vai
disputar o Mundial de Duplas Mistas,
modalidade recém-incluída nos Jogos
Olímpicos de inverno. A edição de 2017
acontece em Lethbridge, no Canadá,
entre 22 e 29 de abril.
Contudo, neste ano, a dupla brasileira
está de cara nova. Anne Shibuya e Mar-
cio Cerquinho são os representantes do
país no Mundial, substituindo Aline Lima
e Marcelo Mello, os competidores nos três
anos anteriores. O objetivo deles é manter
a evolução obtida por seus antecessores
e ajudar a incluir cada vez mais o Brasil
no cenário internacional do Curling.
Somente a presença desses novos
atletas já demonstra a evolução do es-
porte no país. Após perderem o título no
Campeonato Brasileiro de 2015, Anne e
Marcio não desanimaram. Aprofunda-
ram seus treinamentos e conquistaram
o torneio em 2016 após derrotarem Ali-
ne e Marcelo na semifinal e a dupla Isis
Oliveira e Filipe Nunes na decisão.
Apesar de ser a primeira competição
da dupla como representante do Brasil,
os dois atletas possuem experiência
internacional. Marcio Cerquinho, por
exemplo, esteve presente no Mundial
Misto em 2016 e integrou a seleção
masculina durante o America’s Chal-
lenge de 2017. Anne, por sua vez, fez
parte da primeira seleção feminina do
país no curling, em 2015, e também
esteve presente no desafio contra as
norte-americanas no início deste ano.
PEDRA SOB PEDRA
Ano após ano o Brasil cresce no Mundial de Curling
de Duplas Mistas e país se aproxima de ficar entre os 16
melhores da categoria
Aline e Marcelo quase classifica-
ram o Brasil para a segunda fase
do Mundial de 2016. Eles venceram
duas partidas (8 a 7 sobre País de
Gales e 12 a 4 sobre Catar) e fizeram
jogos equilibrados contra Estônia e
República Tcheca. Quinto colocado
em seu grupo, a dupla ficou na frente
de outras onze seleções na classifica-
ção final.
2016
O Brasil fez sua estreia no
Mundial de 2014. Com pouca
experiência internacional, Aline
Lima e Marcelo Mello encontraram
dificuldades nas primeiras parti-
das. Mesmo assim, conseguiram
a primeira vitória do curling bra-
sileiro ao derrotarem o Cazaquistão
por 8 a 3.
2015
2014
Presente no grupo mais difícil
do Mundial de 2015, o Brasil
repetiu a campanha do ano
anterior. A única vitória foi ob-
tida contra a Itália, por 12 a 5,
o que fez o Brasil terminar na
antepenúltima colocação da
classificação geral do torneio.