PROFISSIONAIS AUTÔNOMOS
ROMULO KIFFER
Romulo conta que começou a atuar como autônomo por necessidade, já que
havia saído de uma empresa, e que mesmo depois voltando como terceirizado
pensou que ser freelancer seria melhor para conciliar os seus projetos pessoais
Fotos: Aquivo pessoal/instagram
O Designer Gráfico carioca, Ro-
mulo Kiffer de 29 anos, que faz hoje
morada nas terras brasilienses, nos
falou um pouco de como é ser um
designer gráfico em Brasília, que re-
cebeu o prêmio de “Cidade Criativa
em Design” pela Unesco; — “acho
que Brasília está começando a se
abrir mais para as artes, no geral,
desde design a artesanato. Está co-
meçando um movimento de supor-
te e apoio pela própria comunidade
da área artística”. Trabalhando como
Freelancer, respondeu várias pergun-
tas de seu ramo profissional; curiosi-
dades e dicas também estão inclusas
nas respostas dadas por ele.
Sobre as vantagens de se trabalhar
como autônomo nos diz ele que contro-
le financeiro, independência, controle
de horários e formas de trabalhar são
exemplos de vantagens da autonomia,
mas como tudo na vida, há também as
suas desvantagens. — “Não basta saber
da sua profissão, tem que saber de ad-
ministração de empresas, financeiro,
prospecção de cliente, entre outras…”,
afirma o Designer e faz o seguinte co-
mentário sobre o mercado — “O mer-
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cado sempre está rotativo, e varia de
acordo com sua área de atuação e com
o lugar que está, entendo que depende
mais da sua forma de prospecção e fide-
lização dos clientes”.
Romulo conta que começou a atuar
como autônomo por necessidade, já que
havia saído de uma empresa, e que mes-
mo depois voltando como terceirizado
pensou que ser freelancer seria melhor
para conciliar os seus projetos pessoais.
Aponta ele para os que pretendem co-
meçar na área e ganhar destaque se dife-
renciando no mercado que se precisa ser
excelente no que faz, e acima de tudo, ter
DUAS ASAS Brasília, segunda-feira, 10 de junho de 2019
caráter, honestidade, respeito ao cliente
e o projeto que está fazendo. — “Foco,
disciplina, organização, parecem cli-
chês, mas são coisas que mais ajudam
a continuar ou estimulam a desistir”. As
divulgações e exposições de seu traba-
lho são feitas a partir de seu site pró-
prio, Behance, Facebook, Instagram e a
“boca a boca de clientes”.
A experiência exigida em estágios e
a difícil aceitação da atuação de um ini-
ciante para a formação de um bom pro-
fissional foram críticas feitas por Ro-
mulo quando lhe foi questionado sobre
as maiores dificuldades para entrar no
mercado de trabalho — “Até estágio em
Brasília pede experiência, o que é erra-
do, pois estágio é para dar experiência
para o futuro profissional.”
E por fim, durante a entrevista lhe
foi perguntado sobre a ADEGRAF
(Associação dos Designers Gráficos
do Distrito Federal), onde Romulo se
pronunciou da seguinte forma: — “Não
sou associado a ADEGRAF ainda; na
verdade poucos designers brasileiros
são associados a ela, não por falta de
benefícios, mas por falta de tempo e
não demonstrarem tanto interesse.”
DUAS ASAS Brasília, segunda-feira, 10 de junho de 2019
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