Editorial DITA
João Pimenta é o nome mais radical
da moda masculina brasileira hoje.
Radical porque ele é fiel às suas
crenças de estilo, que começaram com
um primorosamente bem executado
mix de referências femininas bem
marcantes (pense em corsets, nas
curvas do corpo da mulher, em
babados, bordados decorativistas)
em sua moda masculina, evoluíram
para uma roupa desejável por homens
que buscam peças exclusivas e que
saiam do comum e, nesta coleção, se
firmaram num conceito de streetwear
couture com forte apelo de alfaiataria –
DNA de João -, desfilado por homens
mas que poderia muito bem ser vestido
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por mulheres, o que já fazem as
clientes do estilista.
Outra novidade na passarela do estilista
foi a participação de quatro paraatletas
medalhistas de ouro em campeonatos
mundiais e panamericanos na abertura
do desfile. Emocionante a entrada
de todos, vestindo belamente os
looks da coleção, ao som, ao vivo, da
orquestra baiana do projeto Neojiba,
que ensina pessoas de baixa renda
não só a tocar, mas a confeccionar
seus próprios instrumentos à base
de plástico. Elizabeth Rodrigues
Gomes, campeã de arremeso de peso
e lançamendo de dardo abriu o desfile
de cadeira de rodas (ela tem esclerose