A verdade sobre as queimadas na Amazônia
A floresta amazônica é uma das maiores e mais ricas do mundo. Possui clima equatorial e é muito importante para o Brasil. Abriga uma enorme diversidade biológica, possuindo mais da metade das espécies de plantas e animais do planeta. A respeito dos recursos hídricos, a Amazônia é muito importante e influente, contendo 20% da água doce total do planeta, além de possuir importantes rios, como o Amazonas.
Um dos problemas que preocupa o país recentemente se trata das queimadas ocorridas na Amazônia, juntamente com o desmatamento, que já não é de hoje. A possível causa e origem das recentes queimadas seria a alteração do decreto que proibia queimadas no período de seca em todo país, que agora passa a ter uma exceção para as práticas agrícolas fora da Amazônia legal. Logo após isso o número de focos de queimadas aumentou muito, crescendo 70%, segundo a medição do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Geralmente as queimadas são iniciadas para limpar o terreno após a extração de madeira. Assim especuladores limpam o terreno a fim de vender para os fazendeiros. Contudo, durante o período da seca, torna-se difícil controlar o fogo que acaba se espalhando.
A questão das queimadas gera certas divergências em relação a quem são os responsáveis pelos incêndios. Alguns ambientalistas dizem que aquelas pessoas que estão colocando fogo se sentem encorajadas, pois escutam o presidente pedindo por mais desenvolvimento na Amazônia e sentem que não serão punidos
Já o presidente Bolsonaro chegou a comentar que os responsáveis seriam as ONGs locais, dizendo que faziam isso a fim de prejudicar o governo.
Em meio a essa situação, o INPE aponta que uma das causas das queimadas seria a alteração do decreto. Isso gerou um desconforto para o governo, que criticou o diretor do instituto. “O INPE conta uma verdade que não é a que o governo quer ouvir”, avalia o coordenador do Greenpeace. Embora o governo também tenha apertado o cerco contra outras instituições de pesquisa, como o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o ambientalista diz acreditar que o INPE virou protagonista "porque Bolsonaro ficou nervoso com a repercussão internacional que envolve a Amazônia". "O governo vai tentar moldar as instituições para falar somente o que ele quer ouvir. A ideia é desidratar os órgãos que arranharem sua imagem", diz Astrini. Segundo Buckride, ambientalista especialista da UPS, o país recebia verbas, funcionando assim: o dinheiro sai da Europa, vai para o BNDES, que investe o dinheiro em projetos aprovados por ONGs ambientais, por exemplo.