Revista de Medicina Desportiva Maio | Page 31

pode ser usada sobre a TAT para proteger de trauma direto e promover uma perceção de proteção . O alongamento dos músculos isquiotibiais e os exercícios de alongamento e fortalecimento dos músculos quadricipitais podem ser um complemento útil e que , embora frequentemente equacionadas , requerem discussão e maior compreensão da eficácia e efeitos associados . Não existem estudos randomizados controlados que aloquem diferentes e frequentes modalidades de tratamento conservado com o propósito de aferir a segurança e eficácia . 2 Se a dor não responder a medidas relacionadas com a gestão de carga , a fisioterapia é justificada . Em casos graves e prolongados , um curto período de imobilização do joelho pode ser considerado . Não há evidências para recomendar terapias injetáveis ou intervenção cirúrgica para a doença de Osgood-Schlatter . 14 , 15 Apenas casos com protusão óssea da TAT com sintomas álgicos significativos é que são considerados para tratamento cirúrgico . 2 Os sintomas geralmente são autolimitados com resolução da dor após o encerramento da apófise . As sequelas a longo prazo podem incluir um tubérculo tibial espessado ou proeminente ( figura 2 ), mas tal é assintomático na grande maioria dos casos . 4 , 6
circunstâncias , assim como ao contexto desportivo . São algumas semanas de progressão na qualidade e quantidade de cargas , monitorizando o atleta para saber da sua reação às cargas e eventuais implicações na sua condição clínica .
Conclusão
A doença de Osgood-Schlatter é uma patologia frequente em pré-adolescentes e adolescentes . Deve ser o mais precocemente diagnosticada para iniciar a gestão da exposição do atleta ao desporto e , caso se proceda , e da reabilitação atleta . A modulação da dor suportada na modificação de atividade e / ou indicação de um plano de tratamentos passivos , porventura , coadjuvado por fármacos , tendem a elevadas taxas de eficácia . Importa , no âmbito da educação para a saúde e do envolvimento da família , sublinhar que é uma doença sem gravidade e / ou quaisquer ameaças ao bem-estar e saúde a médio ou longo prazo .
Os autores declaram ausência de conflitos , assim garantem a originalidade do manuscrito e a sua não publicação prévia
Correspondência Rogério Pereira - rp @ espregueira . com
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Figura 2 – Sequela : tubérculo tibial proeminente https :// www . dreamstime . com / photos-images / osgood- -schlatter . html
Em casos onde os sintomas levem à descontinuação da prática desportiva , com implicações no condicionamento físico dos atletas , há a necessidade de planear um plano de reintegração ao treino e à competição . Este deve basear-se em premissas de treino e metodologia de treino , devidamente contextualizadas ao atleta e às suas
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