Revista de Medicina Desportiva Julho 2020 - Page 19
consequente diminuição do bem-
-estar, alterações de humor (depressão,
irritabilidade), diminuição
da energia, alterações cognitivas,
diminuição da líbido, perda de força
e massa muscular e diminuição da
densidade óssea.
É fundamental investigar qual
o efeito dos diferentes perfis hormonais
exógenos e endógenos no
desempenho desportivo. Os estudos
realizados até o momento identificam
potencial para variação no
desempenho aeróbio, capacidade e
potência anaeróbia e força muscular
ao longo do ciclo, com ou sem COC.
É importante ter em conta a diferente
reação de cada mulher a um
contracetivo, e que a sua influência
na performance desportiva pode ser
insignificante. Outros fatores a ter
em conta: idade, composição corporal,
estilo de vida, nível de atividade,
stress e ansiedade. Desta forma, ao
aconselhar um contracetivo em atletas
de competição é preferível optar
por um COC com um progestativo
com atividade androgénica associado
a baixa dose de EE.
Os autores negam qualquer conflito de
assim como a originalidade do texto e a
sua não publicação prévia.
Correspondência
Diana Santos Rocha
Email: diana.rocha.dii@gmail.com
Deixo um agradecimento especial ao
meu orientador de formação, Dr. Pedro
Carrilho (MGF), ao Dr. Marcos Miranda
(Medicina Desportiva) e ao Dr. Raul
Pacheco (Medicina Desportiva, Diretor do
Centro de Medicina Desportiva de Lisboa).
Bibliografia
1. Constantini N.W. et al. The menstrual cycle
and sport performance. Clin Sports Med.
2005; 24:e51-e82.
2. Bennell K., White S., Crossley K. The oral
contraceptive pill: a revolution for sports
women? Review. Br J Sports Med 1999;
33:231-238.
3. Martin D. et al., Hormonal contraceptives and
athletic performance. 2016
4. Borst S. et al. Effects of resistance training on
insulin-like growth factor-I and IGF binding
proteins. Medicine and Science in Sports
and Exercise. 2001; 33(4):648-653.
5. Braun B. Horton T. Endocrine regulation
of exercise substrate utilization in women
compared to men. Article. Exercise and Sport
Sciences Reviews. 2001: 29(4):149-154.
6. De Carvalho et al. A influência do ciclo
menstrual no desempenho de atletas de futebol
feminino. Artigo original. Rev. Eletrónica
Saúde e Ciência. 2014; 4(1):35-44.
7. Enea C., et al. Effects of menstrual cycle, oral
contraception, and training on exercise-induced
changes in circulating DHEA-sulphate and
testosterone in young women. Original article.
Eur J Appl Physiol. 2009; 106:365-373.
8. Zimmerman Y. et al., The effect of combined
oral contraception on testosterone levels in
healthy women: a systematic review and meta-
-analysis. Human Reproduction Update.
2014; 20(1):76-105.
9. Gower A. Nyman L. Associations among oral
estrogen use, free testosterone concentration,
and lean body mass among postmenopausal
women. The Journal of Clinical Endocrinology
& Metabolism. ; 85(12):
10. Ru´iæ L., Matkoviæ B., Leko G. Antiandrogens
in hormonal contraception limit muscle strength
gain in strength. Training: Comparison Study.
Croatian Medical Journal · February 2003
11. Ekenros L. et al. Oral contraceptives do not
affect muscle strength and hop performance
in active women. Clin J Sport Med. 2013;
23(3):202-7.
12. Marsh S., Jenkins D. Physiological responses
to the menstrual cycle. Implications for the
development of heat illness in female athletes.
Sports Med 2002; 32 (10): 601-614.
13. Rechichi C., Dawson B., Goodman C. Athletic
performance and the oral contraceptive. International
Journal of Sports Physiology and
Performance. 2009; 4:151-162.
14. Redman L., Weatherby R. Measuring
Performance during the menstrual cycle: A
Model using oral contraceptives. Medicine
and Science in Sports and Exercise. 2004;
36(1):130-6.
15. Ashley C. et al. Estrogen and substrate metabolism.
A Review of Contradictory Research.
Sports Med. 2000; 29(4):221-227.
16. Casazza G., Brooks G. Effects of oral contraceptives
on peak exercise capacity. J Appl
Physiol. 2002; 93:1698–1702.
17. Joyce S. et al., Effect of long-term oral contraceptive
use on determinants of endurance
performance. 2013; 27(7):1891-6.
18. Lebrun C. Effect of the different phases of the
menstrual cycle and oral contraceptives on
athletic performance. Review article. Sports
Medicine. 1993; 16(6):400-430.
19. Neis C., Pizzi J., Influencias do ciclo menstrual
na performance de atletas: revisão da literatura.
2018; 22(2):123-128.
Restante Bibliografia em:
www.revdesportiva.pt (A Revista Online)
Revista de Medicina Desportiva informa julho 2020· 17