Revista de Medicina Desportiva Informa Setembro 2016 | Page 33

à volta da mesa, “evidencia os alimentos mediterrânicos mais relacionados com o padrão português”. É um instrumento que pretende realçar a cultura do povo português, a sazonalidade e a origem dos alimentos. É importante o consumo de elementos locais. Reforçam a substituição do sal pelo uso de ervas aromáticas, o consumo moderado de vinho pelos adultos, o consumo de frutos gordos (amêndoa, noz, pinhão, etc.), do azeite e das azeitonas, de todas as leguminosas e, no caso do peixe, de sardinha, carapau, atum, cavala. Os laticínios (queijo e iogurte) também são importantes. As técnicas culinárias saudáveis tradicionais, como sopas, ensopados e caldeiradas são aconselhadas. É o resultado do trabalho iniciado em setembro de 2015 e que teve a colaboração da Direção Geral de Saúde e da Direção-Geral do Consumidor. É uma perspetiva muito interessante que se felicita. https://sigarra.up.pt/fcnaup/pt/ noticias_geral.ver_noticia?p_nr=8186 O jet lag, que em português se diz descompensação horária, representa a fadiga da viagem, como consequência fisiológica das alterações do ritmo circadiano. As alterações do ciclo luz / escuridão, como consequência da travessia de vários meridianos, estarão na base deste fenómeno. Assim sendo, o nome está associado a esta causa, sendo o “jet” associado às viagens de avião a jato, que rapidamente ultrapassam vários meridianos, e ao “lag”, que significa diferença horária. O jet lag encontra-se com relativa frequência nas viagens turísticas, de negócios ou dos atletas, pelo que é necessário minimizar estes efeitos desagradáveis na fisiologia e no rendimento humano. Apresenta-se hoje um site que tem por objetivo preparar o viajante para o jet lag. O exemplo indicado refere-se à viagem recentemente realizada pela seleção nacional de futebol de praia, sendo este quadro apoiado por um texto que se lhe segue. A opção de consumo da melatonina está incluída na pesquiza e neste caso em concreto a resposta foi pela não necessidade. O site publicita vários artigos (óculos, melatonina, máscaras de dormir) que poderão ser usados neste contexto. É um sítio a visitar, sem dúvida: http:// www.jetlagrooster.com/about. O European Hydration Institute publicou em junho este guia sobre a hidratação do idoso, de 27 páginas com dez capítulos. Na apresentação, refere que a “desidratação no idoso e no muito idoso é geralmente mais séria que nas pessoas mais jovens. As pessoas mais idosas enfrentam maiores desafios para se manterem adequadamente hidratadas. A função renal habitualmente começa a declinar com o envelhecimento, o que significa que mais líquido se perde, originando assim maior necessidade de água”. O conteúdo dos capítulos é muito interessante e podem ser conhecidos os “sinais e sintomas de desidratação no idoso”, a relação entre a “hidratação e a saúde”, a “hidratação e a função física/cognitiva”, a “hidratação e a doença”, a “hidratação e o uso de medicamentos”, “satisfazer as necessidades de água a partir da comida e das bebidas”, as “barreiras à hidratação em casa e em instituições”, assim como a “hidratação em casa e nas instituições”, entre outros aspetos. É um manual de fácil leitura, com um texto muito clean e acompanhado de belas fotografias de idosos sorridentes. Para ler, sem dúvida, entrando no sítio desta Revista (www. revdesportiva.pt). “Whole Body Cryotherapy (WBC): A "Cool" Trend that Lacks Evidence, Poses Risks”. É este o título de um conteúdo divulgado pela FDA. Realça ”que a FDA não tem evidência que WBC efetivamente trata doenças como a doença de Alzheimer, fibromialgia, cefaleias, artrite reumatoide, esclerose múltipla, stress, ansiedade ou dor crónica.” Contudo, em relação à aplicação no desporto, após a relação do esforço físico, nada refere. Da revisão da literatura médica, a FDA concluiu que “encontraram muito pouca evidência acerca da sua segurança ou eficácia no tratamento das condições para as quais tem sido promovida.” A WBC implica expor o corpo durante 2 a 4 minutos, num ambiente de confinado de vapores cuja temperatura varia entre -90 e -150°C (!). A Prof. Dra. Anna Ghambaryan, da FDA, refere desconhecer quais os efeitos fisiológicos provocados por esta técnica na pressão arterial, no pulso e no metabolismo. A FDA alerta para a possibilidade dos doentes enveredarem por esta prática em detrimento de outras práticas médicas de eficácia já estabelecida. Refere ainda os potenciais perigos: asfixia se for usado o azoto para arrefecimento, queimaduras da pele e dos olhos. Ref. http://www.fda.gov/downloads/ForConsumers/ ConsumerUpdates/UCM509555.pdf MAIS RÁPIDO, MAIS ALTO E MAIS FORTE Revista de Medicina Desportiva informa Setembro 2016 · 31