Revista de Medicina Desportiva Informa Novembro 2019 | Page 33

o facto da crioterapia intervir no processo inflamatório, levando a que ao nível crónico a crioterapia possa atenuar as adaptações ao treino. Seguindo esta lógica, faz sentido que a implementação e desenho dos pro- tocolos de crioterapia seja adequado de acordo com os fatores individuais (características físicas, sexo e idade) e fatores externos (fase da época, densidade da época, objetivos do atleta). Estes protocolos podem variar manipulando a duração da exposição ao frio, o tipo de modalidade de crio- terapia (banhos em água fria, banhos de contraste, crioterapia através do ar), a área que está submersa e a temperatura utilizada. em janeiro de 2015, com o objetivo de dar resposta à Lei 28/98, de 26 junho, entretanto, substituída pela Lei 54/2017, de 14 de julho, que determina: “para efetuar o registo de Contratos de Formação Desportiva (CFD), na respetiva Federação, o Clube tem que obter a Certificação como Entidade Formadora.” Além do cumpri- mento do imperativo legal, a certi- ficação de Entidades Formadoras é hoje um instrumento de intervenção e qualificação da área da formação desportiva dos Clubes e Escolas de Futebol e Futsal. Além de ser um facilitador para a disseminação de boas práticas, como o SBV e DAE, Bandeira da Ética e Match Fixing, entre outras. Com cerca de 1400 Clubes for- madores filiados e um universo superior a 150.000 praticantes jovens por época desportiva, ao fim de quatro épocas desportivas e com a implementação dum novo modelo de certificação por níveis, Júlio Vieira, Tiago Braz abrangendo cerca de 1.000 Clubes Federação Portuguesa de Futebol e Escolas, reforça-se cada vez mais Certificação de Entidades a importância do processo, como Formadoras da Federação instrumento fundamental para a Portuguesa de Futebol melhoria da organização da área desportiva dos Clubes e qualificação O Processo de Certificação de Enti- do processo de formação dos jovens dades Formadoras iniciou-se na FPF praticantes. A FPF quer melho- rar de forma gradual a qualidade do pro- cesso formativo dos jovens praticantes de futebol e futsal, mas- culinos e femininos, em todas as verten- tes, estimulando, apoiando e avaliando anualmente as Enti- dades Formadoras que desenvolvem atividade na área da formação desportiva. Além da melhoria estrutural e susten- tada da qualidade organizacional e formativa dos Clubes, procura-se assegu- rar o respeito pelas regras de proteção da saúde, através de nove critérios fundamentais para O Dr. Paulo Beckert, o Presidente do Congresso a formação despor- Fotos: Câmara Municipal de Portimão; True Clinic. tiva: Planeamento Estratégico e Orçamento, Estrutura Organizacional e Manual de Aco- lhimento e Boas Práticas, Recruta- mento e/ou Angariação, Formação Desportiva, Acompanhamento Médico-Desportivo, Acompanha- mento Escolar, Pessoal e Social, Recursos Humanos, Instalações e Logística e Produtividade. A formação de jovens jogadores exige especiais cuidados no acompa- nhamento médico-desportivo, trata- -se de um período particularmente sensível do processo de crescimento e de maturação dos jovens pratican- tes que requer cuidados e supervisão médica, quer de âmbito preventivo, quer de terapêutica e acompanha- mento continuado, sendo um dos critérios obrigatórios no Processo de Certificação da FPF. A certificação da área despor- tiva dos Clubes a partir da época 2021/2022 será condição obrigatória para os Clubes participarem em provas de âmbito nacional e um fator determinante na diferencia- ção entre Entidades Formadoras. No fundo, procura-se cada vez mais assegurar que as crianças e jovens em Portugal aprendam a prática do Futebol, Futsal e Futebol de Praia, segundo padrões elevados de qua- lidade nas diversas etapas da sua formação, através duma avaliação qualitativa anual que permite às Entidades Formadoras obterem um reconhecimento público inquestio- nável através do cunho da Federação Portuguesa de Futebol. O Dr. Edgar Amorim durante a apresenta- ção. Vencedor do Prémio do Melhor Caso Clínico. Corpos Socias da SPMD presentes no congresso Revista de Medicina Desportiva informa novembro 2019 · 31