Revista de Medicina Desportiva Informa Novembro 2017 | Page 32
• Incremento gradual
da carga até carga
total ás 4 semanas
4–6 Semanas:
• Joelheira 0-30° e
aumento gradual de
acordo com controle
do quadricípite. Reti-
rar para mobilização
articular passiva e
exercícios terapêu-
ticos.
Figura 2 – a) Túneis da patela para inserção das âncoras;
b) fixação das âncoras
• Pode dormir sem
joelheira ou tala
• Carga total com joe-
lheira.
Amplitudes articulares
e mobilização passiva
assistida
0–2 Semanas:
• Semana 1: 0 a 30°
• Semana 2: 0 a 45º
2–4 Semanas:
• Semana 3: 0 a 60°
• Semana 4: 0 a 90°
4–6 Semanas:
• 90° e incremento de
Figura 3 – a) Loop inserido na patela; b) fixação final no
côndilo com parafuso
acordo com a tole-
rância
• Exercícios terapêuticos:
· · Mobilização articular passiva
Reabilitação após a cirurgia
de acordo com as guidelines
· · Fortalecimento muscular do
Pós-operatório imediato (72 horas):
quadricípite
1. M
embro em extensão com tala
· · Fortalecimento muscular iso-
posterior amovível
tónico dos músculos isquioti-
2. G
elo local 20 minutos várias vezes
biais (IT) em progressão com o
ao dia
quadricípite
3. Penso diário ou em dias alternados.
· · Massagem manual local (teci-
dos moles e cicatriz cirúrgica)
FASE I: das 0 ás 6 semanas de pós-
· · Alongamentos dos músculos
-operatório:
IT, solear e gémeos
Objetivos:
· · Exercícios de resistência
1. P
roteger fixação e partes moles
assistida do tornozelo com
adjacentes
theraband
2. Controlar inflamação
• Massagem manual local (tecidos
3. I ncrementar contração ativa do
moles e cicatriz cirúrgica)
quadricípite
• Bicicleta (sem cargas) entre 4 – 6
4. M
inimizar os efeitos adversos da
semanas
imobilização
• Treino neuromuscular entre a
5. Extensão completa do joelho.
4 – 6 semana (2 pernas / 1 perna,
Joelheira e carga:
com e depois sem joelheira)
0–2 Semanas:
• Treino do CORE em posições
• Joelheira bloqueada em exten-
adequadas.
são ou tala posterior, inclusive
FASE II: das 6 ás 20 semanas
para dormir
• Progressão nos exercícios
• Carga parcial com canadianas
terapêuticos com o objetivo
2–4 Semanas:
do ganho total de amplitude,
• Joelheira em extensão para o dia
incremento da força muscular e
a dia. Retirar para mobilização
controle neuromuscular.
articular passiva e exercícios
terapêuticos
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FASE III: das 20 ás 24 semanas
• Reinserção desportiva, indi-
vidualizada, de acordo com a
modalidade do atleta.
Material e métodos
A amostra foi constituída por quatro
atletas que sofreram o primeiro
episódio de luxação femoropatelar
traumática aquando da prática des-
portiva e que apresentavam queixas
de instabilidade prévia ao episódio.
Foi efetuada radiografia e ressonân-
cia nuclear magnética (RNM) a todos
os atletas a fim de diagnosticar a
extensão das lesões provocadas pela
luxação e estudar as características
anatomoclínicas predisponentes
à mesma. Não existiam alterações
anatomoclínicas que justificassem a
associação de outros gestos cirúrgi-
cos (nomeadamente a transposição
da tuberosidade anterior da tíbia) e
os atletas não apresentavam cri-
térios de exclusão para esta téc-
nica (hipoplasia troclear, laxidão
ligamentar generalizada, aumento
significativo do ângulo Q, patela alta,
displasia troclear ou lesões condrais
significativas pré-existentes). 11
A tabela indica a caracterização
da amostra. A média de idades dos
atletas foi de 19,5 anos, sendo dois
do sexo masculino e dois do sexo
feminino, com o lado esquerdo a ser
o mais afetado. Os quatro atletas
foram operados entre as 4 e as 6
semanas após o acidente traumá-
tico. Apenas num dos casos exis-
tia arrancamento ósseo do bordo
medial da patela [Figura 4 – a) e b)].
Resultados
Os atletas foram avaliados por um
período médio de 20 meses (16-24) e
nesta pequena amostra foi avaliada
apenas a ocorrência de eventual
recorrência, sendo que nenhum
dos atletas apresentou recidiva
ou referiu sintomatologia de ins-
tabilidade durante o período de
avaliação. Segundo o protocolo de
Kujala 16 (Scoring of Patellofemoral
Disorders), a pontuação média dos
pacientes no pré-operatório foi 57,7
pontos, variando entre 54 e 62. No
pós-operatório a pontuação média
foi de 89,5, variando entre 87 e 92
pontos. O tempo médio de regresso á