Revista de Medicina Desportiva Informa Novembro 2012 | Page 23

Coração de atleta. Incidência apical 4C. Atleta saudável, profissional de futebol, 26 anos de idade, caucasiano. Hipertrofia concêntrica das paredes do VE. Coração de atleta. Incidência para-esternal Longo-eixo. Atleta saudável, profissional de futebol, 26 anos de idade, caucasiano. Hipertrofia concêntrica das paredes do VE. auricular parecem ser o diâmetro telediastólico do ventrículo esquerdo (DtdVE), tendo sido estimado o aumento de 0,4 mm de diâmetro auricular por cada milímetro de aumento do DtdVE. A duração prévia do programa de treino também pareceu, em alguns estudos, ter influência significativa no diâmetro auricular14. Outros fatores são vistos como fortes condicionadores, como o tipo de desporto praticado15, sendo a canoagem e o ciclismo aqueles onde foi encontrada maior frequência de dimensões auriculares aumentadas. As variações na área de superfície corporal, idade, ou espessura das paredes do ventrículo esquerdo são tidas como menos importantes na determinação da magnitude do aumento auricular esquerdo entre atletas e controlos sedentários. A associação entre maiores dimensões da aurícula esquerda e a maior predisposição à ocorrência de arritmias supraventriculares tem sido proposta16,17,18,19. No entanto, essa associação ainda não foi completamente comprovada, havendo inclusivamente estudos recentes com resultados contraditórios envolvendo um número muito grande de atletas, nos quais a prevalência de arritmias supraPadrão de fluxo diastólico transmitral. Relação E/A > 2. Atleta saudável, profissional de futebol, 22 anos de idade. ventriculares Para avaliar os efeitos da prática desportiva nas dimensões auriculares torna-se necessário estabelecer os limites superiores do normal para a população em geral. É apontado o valor de 40 mm para o diâmetro medido por ecocardiografia na projeção para-esternal longo-eixo12. No entanto, com base em estudos observacionais em atletas de alta competição esses limites admitem-se serem mais altos13. Assim, propõem-se os valores de 46 mm para mulheres e 50 mm para homens como limites máximos entre as alterações adaptativas e a dilatação provavelmente patológica. Em termos de volume auricular indexado à área de superfície corporal, análises prévias têm definido dilatação auricular como o aumento acima do limite de 29ml/m2, sendo os valores máximos encontrados, em atletas saudáveis, nas mesmas séries, de 36 ml/m2 em homens e 33 ml/m2 em mulheres14. Os principais determinantes da magnitude do aumento da área Revista de Medicina Desportiva informa Novembro 2012 · 21