Revista de Medicina Desportiva Informa Novembro 2012 | Page 13
Os programas de exercício físico
O condicionamento aeróbio e o
fortalecimento muscular alteram
positivamente os perfis metabólicos, o que explica a diminuição de
fadiga36,37. Dalgas propôs programa
sistematizado de condicionamento
aeróbio de 10–40 minutos de duração e intensidade inicial de 60–80%
da frequência cardíaca máxima
(FCm)19. Gehlsen demonstrou benefícios no programa de 10 semanas
de treino aeróbio em hidroterapia,
3h/semana e uma intensidade inferior a 65–70% da FCm38. Gappmaier,
aplicando o cicloergómetro combinado em sessões de 40 minutos,
3x/semana, durante 3 meses, verificou aumento de 21% na VO2máx39.
Petajan aplicou programa trissemanal de treino em cicloergómetro com
aquecimento inicial de 5 min a 30%
da VO2max, seguindo-se 30 min a 60%
da VO2max, terminando com 5 min de
arrefecimento, verificando aumento
de 22% na VO2max, ganho de força
muscular (FM) isométrica e impacto
positivo na fadiga e QV40. Ponichtera-Mulcare com programa similar de
24 semanas de duração objetivou
aumento no VO2max na ordem dos
15%41. Van den Berg investigou
recentemente o efeito de programa
de 4 semanas de treino aeróbio sob
supervisão em passadeira rolante,
três sessões de 30 min/semana,
a 55–85% da FCm para a idade.
Verificou aumento significativo da
velocidade de marcha e condição
aeróbia22.
Outros estudos têm aplicado
programas específicos para aumento
de FM. Dalgas sugeriu um programa trissemanal, composto por
8–15 repetições aumentadas nos
meses seguintes. Inicialmente são
implementadas 1–3 séries/sessão e
posteriormente 3–4 séries/sessão,
com intervalo de 2–4 min entre as
séries19. White30 e Gutierrez42 propuseram protocolos de 8 semanas
com treino de força dos músculos
flexores/extensores joelho e flexores
plantares/dorsiflexores. Nas duas
primeiras semanas aplicou-se série
de 6–10 repetições a 50% da força
máxima isométrica (FMi) e série de
10–15 repetições a 70% da FMi nas
semanas subsequentes. O treino progressivo melhorou a FM e nos parâmetros de marcha houve aumento
da fase oscilante, comprimento e
ângulo do passo, diminuição da fase
de apoio e da EDSS (–0,5 pontos)
após oito semanas30,42.
Alguns autores aconselham a
combinação de treino aeróbio e
de força. Romberg22 investigou 91
doentes com EDSS <6, aplicando
programa em regime de internamento de reabilitação (3 semanas)
e continuado no ambulatório com 3
sessões/semana de treino de força
e 1 sessão/semana de exercício
aeróbio. Foi demonstrada melhoria
dos índices de QV, parâmetros de
marcha e FM.
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neurologic rehabilitation. McGraw-Hill.
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